Shedd explica que o livro de Lamentações de
Jeremias tem um tema principal, que é o sofrimento que sobreveio a Jerusalém
quando Nabucodonosor capturou a cidade em 586 a.C. O livro inicia explanando as
aflições de Jerusalém, depois expõe que a destruição da cidade se deveu ao
pecado do povo, em seguida mostra o que a cidade aprendeu com a disciplina e,
por fim, a oração de Jeremias revela que a esperança de Jerusalém habita em
Deus, por saber que o Senhor é eternamente misericordioso com o Seu povo.
Por que
ler Lamentações?
O livro de Lamentações direciona os filhos de
Deus a buscar ao Senhor mesmo em meio às adversidades provocadas pelo pecado.
Conduz-nos a esperar pela misericórdia do Senhor, a louvá-lo por seus
livramentos, a compreender o quanto Ele é Santo e abomina o pecado,
principalmente o pecado da idolatria, pois a glória dEle, ele não dará a
ninguém (Isaías 42.8).
Lamentações também ensina a auto-humilhação do
pecador perante o Todo-Poderoso, o reconhecimento do pecado e a distância que
este nos deixa de Deus quando o cometemos. O livro admoesta-nos a confessar
nossos pecados, a abandoná-los e a invocar a misericórdia do nosso Deus. O
texto também relata a bondade do Senhor em atender ao arrependimento verdadeiro
dos seus filhos, como também mostra o quanto a disciplina do Senhor é rígida,
contudo, benéfica. Explica também que o Pai não aflige seus filhos por prazer,
mas por necessidade (Lm. 3.31-33) e que o alívio só acontece no tempo de Deus,
quando Ele quiser.
As partes que acho mais interessantes no
livro são:
Quando
Jeremias tem a firme convicção de que o Senhor é tão bom e tão fiel com o seu
povo que jamais permitiria um sofrimento eterno. “As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm. 3.23.24).
Quando
Jeremias tem plena certeza que o sofrimento é necessário e provém do Senhor. “O Senhor não
rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça alguém, usará de compaixão
segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem entristece de
bom grado os filhos dos homens” (Lm. 3.31-33). “Acaso, não procede do Altíssimo
tanto o mal como o bem? Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se
cada um dos seus próprios pecados.” (Lm. 3.38-39).
Quando
Jeremias reconhece que sem a ajuda de Deus, os pecadores não têm força para
converterem-se.
“Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos; renova os nossos dias como
dantes”. (Lm. 5.21).
Caline Galvão
Caline Galvão